quarta-feira, 16 de março de 2016

Como tudo começou...

Quando comecei a cozinhar, nem um ovo sabia estrelar; no máximo, sabia fazer uma gelatina ou um pudim instantâneo, e isto, a seguir, religiosamente, as receitas! Quando, realmente, tive a necessidade de cozinhar, descobri em mim um talento, uma vocação, uma paixão.
Eu sou a prova e a testemunha de que qualquer pessoa consegue cozinhar, basta colocar, nas receitas, a nossa alma, a nossa dedicação e um pouco de paciência.
Apercebi-me, também, que cozinhar é ser humilde, é saber pedir ajuda aos que sabem; cozinhar é usufruir de todos os cinco sentidos: apalpar o amadurecimento das frutas, cheirar os aromas das carnes, olhar para as cores dos legumes, ouvir os sons crocantes dos cereais, mas acima de tudo, saborear e deleitarmo-nos com os paladares da verdadeira arte.
Foi no início do ano de 2015 que comecei a fazer o meu livro de receitas, com as receitas da minha mãe, das minhas irmãs, dos mais diversos livros de cozinha e revistas que comprava ou via na internet; tudo o que me parecesse uma potencial receita era, logo acrescentada ao meu livro, dividido por capítulos: escola de cozinha (onde comecei a escrever umas dicas para tornar o acto de cozinhar mais fácil), receitas de carne, receitas de peixe, sobremesas, bolos e bolinhos, tartes e tortas, sopas, acompanhamentos, molhos, compotas, fritos, salgados, ou seja de tudo um pouco. O objectivo: tentar todas as receitas, adaptá-las ao meu estilo e refazer todo o livro até obter as melhores das minhas melhores receitas. Fui adaptando-as, modificando-as e aprimorando-as.
O blog surgiu depois de ter visto o filme Julie & Julia, um filme que conta a história de Julia Child, escritora de livros de culinária e apresentadora de televisão e a tentativa de Julie Powell de cozinhar todas as 524 receitas, do livro Mastering the Art of French Cooking de Julia Child, em apenas um ano. Depois de ver o filme e pesquisar sobre a Julia e a Julie, fiquei inspirada, fiquei com a vontade de partilhar as minhas receitas, as minhas ideias, as minhas dicas. 
Gostaria de acrescentar, também, que, apesar de ter um capítulo de receitas de carne, não me vou debruçar muito sobre esta bela proteína. Recentemente (Maio de 2015) tornei-me vegetariana, o que faz com que não vá testar novas receitas, mas que possa partilhar antigas.
Originalmente, o meu livro não tinha um capítulo dedicado a receitas vegetarianas, o que acaba por ser a maior novidade e a óptima oportunidade de explorar novos sabores.
A este ponto, deixo um especial agradecimento à minha maior e melhor professora, aquela que me deu as primeiras receitas, os primeiros conselhos, os primeiros parabéns, a minha irmã Andreia. À minha mãe e à minha irmã Vânia, sempre com a ansiedade de provarem mais uma especialidade minha, e ao meu pai, o meu maior fã, crítico e aquele com o paladar mais apurado. 
Porque como Julia Child, umas das maiores cozinheiras do mundo disse: Ninguém nasce um grande cozinheiro, aprende-se tentando!

2 comentários:

  1. E mesmo um pudim instantâneo tem muito que se lhe diga!!!! se não se seguir bem as instruções já não fica bem!!! Fico Contente por teres criado este espaço! :D A tua mana que sempre te apoia Andreia

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  2. Ahaha é verdade, basta não deixar engrossar um pouco depois de começar a ferver. É um espaço de partilha e nunca poderei esquecer que foste tu que me ensinaste as bases e partilhaste receitas. A primeira receita foi o arroz branco, estranho ou não, o meu nunca foi dos melhores. :P

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